É um mito.
O especialista da DECO fez referência a três momentos de evolução tecnológica do automóvel. Num primeiro momento, os carros não tinham gestão eletrónica dos motores, “então uma forma para poupar combustível nas descidas, por exemplo, era desligar o motor”.
De seguida, surgem os travões com servofreio, ou seja, a travagem passa a ser auxiliada pela força do motor, deixando de ser seguro desligar o carro numa descida, e "as pessoas começaram a não desligar, mas a pôr em ponto morto, que ao fim ao cabo era a possibilidade de consumo mínimo”.
Quando, num terceiro momento, aparece a gestão eletrónica do motor, a forma mais segura e mais económica de conduzir é deixar o carro engatado, manter a velocidade adequada, mas tirar-se o pé totalmente do acelerador.
Na página do Automóvel Clube de Portugal (ACP), também é sublinhado que é "um mau hábito" conduzir em ponto morto, uma opção que apresenta várias desvantagens e riscos de segurança.
"Numa descida, engate a mudança adequada, levante o pé do acelerador e observe o valor do consumo instantâneo. Sim, é zero. Por outro lado, se estiver em ponto morto, continua a precisar de combustível para manter o carro em funcionamento. Portanto, ao conduzir em ponto morto numa descida está a consumir mais combustível do que com uma mudança engatada", explica o ACP.