Desafios Emergem nas Principais Zonas Urbanas
O mercado imobiliário português está a atravessar um período de desaceleração, com 18 dos 24 maiores municípios do país a testemunhar uma diminuição nos preços da habitação no último trimestre de 2023. Esta tendência, divulgada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), reflecte uma mudança após anos de crescimento constante.
Todos os municípios da Grande Lisboa, excepto o Seixal, e da Área Metropolitana do Porto, com excepção da Maia, viram uma desaceleração nos preços da habitação. O INE destaca que tanto o Porto quanto Lisboa registaram decréscimos significativos nas taxas de variação homólogas do terceiro para o quarto trimestre de 2023, indicando uma desaceleração considerável em comparação com a média nacional.
Em Lisboa, por exemplo, após um aumento de 7,34% no terceiro trimestre de 2023 em relação ao mesmo período de 2022, os preços subiram apenas 1,59% no quarto trimestre. Já no Porto, após um aumento de 19,2% no terceiro trimestre de 2023, a variação homóloga caiu para 7,3% no último trimestre do mesmo ano.
Entre os municípios mais populosos, o Funchal foi o mais afectado, com um decréscimo de 19,6 pontos percentuais. No entanto, alguns municípios, como Maia e Vila Nova de Famalicão, apresentaram um aumento na taxa de variação homóloga dos preços da habitação.
A queda trimestral dos preços da habitação em Portugal no último trimestre de 2023, a primeira desde Setembro de 2022, também é destacada pelo INE. Na Área Metropolitana do Porto, por exemplo, houve uma queda média trimestral de 6,6%, enquanto na Grande Lisboa, a correcção foi menos acentuada, mas ainda perceptível.
Esses números indicam uma mudança significativa no mercado imobiliário português, com desafios que podem influenciar a dinâmica económica do país.