Grupo de empreendedores, responsável por mais de 800 milhões de euros em negócios, busca melhorias na qualidade de vida dos trabalhadores e maior competitividade económica.
Um grupo de empresários, com um volume de negócios superior a 800 milhões de euros e que emprega mais de 1600 trabalhadores, apresentou uma proposta ao Governo para rever a tributação sobre o trabalho suplementar e os prémios de produtividade.
Nos próximos dias, a carta aberta será enviada aos ministérios da Economia, Finanças e Trabalho. "Queremos apenas um tratamento justo para os trabalhadores. Não pedimos nada para as empresas", afirmou Diogo Freitas, proprietário da Officetotal.
A iniciativa surge como resposta aos desafios económicos atuais, visando melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores e promover uma maior dinâmica na economia portuguesa. Os empresários destacam a necessidade de reduzir a carga tributária sobre o trabalho suplementar e os prémios de produtividade, que atualmente desincentivam os trabalhadores.
"Um trabalhador que ganhe o salário mínimo e faça dois sábados num mês deixa de estar isento de IRS e o seu benefício por trabalhar mais horas é diminuto", sublinhou Diogo Freitas. Ele e outros sete signatários propõem que esses rendimentos não alterem a base de cálculo do IRS.
Os empresários defendem que a tributação excessiva não só prejudica os trabalhadores, mas também limita o crescimento económico e a competitividade das empresas portuguesas. A carta aberta marca o início de futuras discussões entre o Governo e o setor privado para melhorar as condições de trabalho e incentivar a produtividade, ao mesmo tempo garantindo uma distribuição mais justa dos encargos tributários.
Os autores da proposta mencionam o exemplo alemão dos "miniempregos" isentos de impostos, que ajudaram trabalhadores a alcançar rendimentos adicionais significativos na década de 2000. Acreditam que isentar a tributação sobre o trabalho suplementar e os prémios de produtividade incentivaria mais trabalhadores a contribuírem com trabalho adicional.