Taxas de juro dos novos depósitos continuam a diminuir, abaixo da média da zona euro
Num momento de crescente incerteza económica, os depósitos a prazo em Portugal apresentam um cenário desanimador para os poupadores. Segundo o Banco de Portugal (BdP), a taxa de juro média dos novos depósitos a prazo para clientes particulares registou uma queda pelo terceiro mês consecutivo em março, estabelecendo-se em 2,78%. Este valor representa uma diminuição face aos 2,81% observados em fevereiro, contrastando acentuadamente com a taxa de 0,9% registada no ano anterior.
Esta tendência de queda nas taxas é mais acentuada nos depósitos a prazo até um ano, que compõem 96% dos novos depósitos, agora remunerados a 2,81%. Para prazos de 1 a 2 anos e mais de 2 anos, as taxas também seguiram a tendência descendente, fixando-se em 2,21% e 1,96%, respectivamente.
Estes números colocam Portugal na sétima posição entre as taxas de juro mais baixas da área do euro, onde a média desceu para 3,16% em fevereiro.
Apesar das taxas desfavoráveis, março viu um aumento no volume de novas operações de depósitos a prazo de particulares, alcançando 7.767 milhões de euros, um crescimento de 219 milhões de euros em relação ao mês anterior.
Este aumento sugere que, apesar do rendimento reduzido, os portugueses continuam a ver os depósitos a prazo como uma opção segura para alocação de suas poupanças.
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