A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, defendeu uma mudança estrutural no Serviço Nacional de Saúde (SNS), com foco na digitalização e na modernização para enfrentar os desafios atuais.
A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, destacou hoje a necessidade de uma "mudança estrutural" no Serviço Nacional de Saúde (SNS), que deve começar de imediato e continuar na próxima legislatura, apelando ao diálogo entre as partes.
No discurso feito durante a cerimónia de comemoração dos 45 anos do SNS, em Coimbra, a ministra sublinhou a importância de um SNS "mais eficiente e sempre mais solidário". Ela defendeu que essa renovação deve ser um esforço contínuo, além de uma legislatura, com o objetivo de manter os valores fundamentais do SNS, como o humanismo e o profissionalismo.
"Temos de criar um novo SNS adaptado às mudanças, mantendo seus valores essenciais", afirmou a ministra, destacando que para isso é necessário "conversar sobre a sua renovação". Ela ressaltou que essa mudança precisa de foco no que une as pessoas e os partidos, e não no que as divide.
A ministra também alertou para a necessidade de dar resposta tanto à doença aguda quanto à prevenção, promovendo hábitos de vida saudáveis. “A prevenção é essencial para melhorar a qualidade de vida e reduzir o sofrimento”, afirmou.
Durante a cerimónia, Ana Paula Martins falou ainda sobre a importância de adaptar o SNS às expectativas e necessidades modernas dos profissionais de saúde e dos cidadãos. Ela reforçou a necessidade de manter os valores constitucionais do SNS, mas realçou que a realidade atual exige transformações.
Entre as áreas mencionadas, a ministra destacou a importância da digitalização no SNS, que permitirá uma maior proximidade com os cidadãos, especialmente a população envelhecida. “Precisamos de usar a transformação digital de forma inteligente para melhorar os resultados em saúde”, disse, explicando que o Ministério da Saúde está desenvolvendo instrumentos de telemonitorização voltados para esse público.
A cerimónia também contou com a participação da ex-ministra da Saúde Maria de Belém Roseira e outros representantes nacionais e regionais de entidades ligadas à saúde.